dia não




Sábado foi dia NÃO!
Depois de ter finalmente conseguido uma reserva para o Restaurante Cantinho de Aziz - Restaurante Moçambicano em Lisboa -, foi tempo de organizar o dia para conseguir estar em Lisboa às 20h (hora da reserva) porque a nossa mesa tinha já outros donos para as 21h30.





Aqui vai a nossa aventura...
Apressámos um almoço de família em Coimbra e saímos a correr, quase ainda a limpar os beiços do gelado de Tiramisú para garantir que chegávamos ainda antes das 20h. Tentámos chegar pelos nossos meios, diga-se GPS, ao restaurante mas tal tarefa tornou-se impossível. UM porque o GPS do carro não reconhecia a rua; DOIS pela dificuldade em estacionar!! O QUE FAZER? Estacionar o carro no parque do Martim Moniz e apanhar táxi. Primeira tentativa, frustrada! O Sr. taxista disse que não era daquela praça e que não conhecia o destino, era melhor pedir ao colega que estava no táxi seguinte. Depois percebi porquê! Estávamos a uns meros 500 metros do restaurante e não valia a viagem! GRRR!!!
Pois bem, o taxista seguinte lá aceitou a volta. Volta esta que não teria fim se não fosse eu a ligar o GPS do telemóvel e dizer-lhe aonde nos devia levar!!!

Chegados ao restaurante levo logo com o rótulo de MENTIROSA! TOMA LÁ QUE É PARA APRENDERES! Ao mencionar o nome da reserva dizem-me que me puseram no interior porque eu pedi especificamente por causa da criança e das correntes de ar. WHAT??? Esqueci-me de tomar a medicação e claro não me lembrava de ter pedido nada disso. Resumindo, era eu a puxar para um lado e o SR. para outro, quando me diz que ele não era mentiroso. Pronto, a mentirosa sou eu então!
Acalmou o discurso e diz que tem uma mesa lá fora e que nos põe lá. PIADA! Mesa de 2 para 4 pessoas. Aqui e, depois de escutar um comentário menos simpático acerca de outra mesa pensámos em ir embora mas lá decidimos não deitar as toalhas ao chão e dar mais uma hipótese. Bah! A noite ainda era uma criança!

Feitos os pedidos, comprovou-se que devíamos ter ido embora! Primeiro porque não sou obrigada a levar com as frustrações e mau feitio do funcionário que ao chegar à mesa para entregar os pratos reclama porque não tem espaço para pôr a comida e diz-nos que temos que arranjar espaço! Na tentativa de explicarmos que não podemos fazer nada porque a mesa não é extensível ainda responde que não tem nada a ver com isso e que ainda tinha mais pratos para trazer. OMG! Segundo porque na minha terra como comida quentinha e SABOROSA! Nunca comi um caril de caranguejo tão deslavado e sem cremosidade nenhuma. Comida sem sabor não é de todo característica da Comida Moçambicana.



De resto e apesar de saber que se deve dar uma segunda oportunidade a tudo, não fiquei convencida! Mas sei que o restaurante tem casa feita e as 500 refeições servidas em média nos dias de fim de semana em nada são abaladas pela minha opinião que nada mais é que o relato da minha experiência.



Ao senhor simpático que tentou salvar a noite e, que me disse que em 33 anos de casa nunca receberam uma crítica, talvez esteja na hora de visitar a página do Facebook e comprovar por ele próprio!

Valeu pelas Laurentinas...



...e por termos que percorrer apenas 500 metros para acabar a noite em grande n'O STR.EAT FEST no Martim Moniz!





GANHEI ASAS




No último fim de semana GANHEI ASAS! Não, não enchi o bandulho da tal bebida com um touro vermelho como imagem da marca e dei uma de Ícaro. GANHEI MESMO ASAS, ou seja, VOEI (entenda-se por voar, andar de avião)!

Passo a explicar porque até para mim foi difícil perceber!

Nos passados dias 5, 6 e 7 dediquei todo o meu tempo e forças ao programa GANHAR ASAS, uma parceria da TAP com a Unidade de Cuidados Integrados de Saúde do Grupo TAP (UCS) e consiste num programa psicoterapêutico para tratar a fobia de voo.

Lá fui eu de mente aberta, sem expetativas...SIM sem expetativas que aquilo funcionasse e mais animada com o ir conhecer novas pessoas (porque adoro conhecer novas pessoas) do que propriamente concentrada em conseguir entrar num avião. Saí de lá com isso tudo!

Para quem se pergunta, ah e tal nunca tinha andado de avião...NOP! Graças a mim mesma (porque sempre me obriguei a viajar) estava farta de andar de avião e sendo de Moçambique bota horas nisso! E só a minha lua de mel teve nove viagens de avião (confesso que não sei o que me deu na altura mas já foi)...mas por razões que não consigo explicar quanto mais andava mais fobia tinha. Até que desde a última viagem em Outubro de 2012 não conseguia sequer pôr a hipótese de voltar a entrar num avião mas isto tinha que mudar até porque há seis anos que não vou a casa e ESTE será o ano! :)

Foi então que os Deuses reuniram-se e os astros alinharam-se para que se juntasse um grupinho jeitoso. Quer formandos quer formadores foi do melhor que há no mercado e saímos de lá com a alcunha dos 8 magníficos. Só isso diz tudo (gaba-te cesto)!
Acreditem nesta descrente (que se benze SEMPRE antes da descolagem) que os resultados são tremendos e que a taxa de 96% de sucesso é facilmente compreensível depois de fazer parte do programa. Estou realmente orgulhosa de mim e de todos os meus colegas. Foi uma experiência inesquecível e somos mesmo magníficos!

Magníficos foram também os formadores e mesmo sabendo que fizeram o trabalho deles, aplaudo-os de pé (esta é para o Comandante João Roque) e só tenho pena de não conseguir levar cada um deles comigo nas próximas viagens. A todos eles o meu muito obrigada. Obrigada por conseguirem devolver-me aquilo que pensava nunca mais conseguir. Obrigada por devolverem-me tudo o que vem com o voar. Confesso que já tinha saudades.


Para não me alongar mais senão fico para aqui em prantos e a escrita sai aos soluços, eu, Tatiana Alcobia prometo respeitar, cumprir e não tomar em vão os dois mandamentos do curso: 1 - "Redundância"; 2 - "Desconstruir". Estou a pensar seriamente em tatuá-los....NAH!!!Brincadeira!

Ah! Assim só para quem tenha ficado com alguma dúvida...O avião é o meio mais seguro para viajar!
Bons voos!

Os melhores filmes são para viver a dois

Domingo foi dia de fazer aquilo que não fazia há muito tempo...IR AO CINEMA! Sim, porque nem me lembro do último filme que fui ver e a culpa é do Videoclube do MEO.

Mas há muito sabia que ia ver este filme. Em tempos soube que andavam em filmagens em Moçambique para um filme Português e o nome da atriz Beatriz Batarda ficou-me na memória. Por isso quando ouvi falar da estreia de Yvone Kane com a participação de Beatriz Batarda tratei de ir ler a Sinopse e Ficha Técnica só para confirmar. E aí fui eu mais o marido ao cinema no domingo passado.


Percebi que o que me levou a ver este filme foi de certeza o mesmo que as outras 9 pessoas (exclui-se o marido) que estavam na sala. Tentar reviver e reconhecer locais de Moçambique porque quando o filme acabou lá estavam alguns deditos a apontar para a tela enquanto desapareciam na ficha técnica os locais de filmagem.

Confesso que também revivi e reconheci! As redes mosquiteiras e as grades nas portas e janelas levaram-me lá. As carrinhas de caixa aberta cheias de mulheres embrulhadas nas suas capulanas a enganar o frio da madrugada levaram-me lá. As imagens no Museu de História Natural levaram-me lá. A publicidade da VODACOM pintada nas paredes e as matrículas dos carros gravadas nos espelhos retrovisores dos carros levaram-me lá. A varanda no aeroporto que nos deixava ver as partidas e as chegadas dos aviões levou-me lá. E muito mais, muito mais levou-me lá!



Assim que o filme começou o marido perguntou do que se tratava o filme ao qual respondi que se deixasse surpreender. Pois bem, eu é que fiquei surpreendida quando percebi que a falta de ação, de carros velozes e umas lutas pelo meio levaram a melhor (se é que me entendem porque não posso correr riscos de ser mais explícita senão logo tenho os saquinhos do Pingo Doce à porta).
Por isso, não se deixem enganar pela mensagem da Love Box porque isto dos "melhores filmes são para viver a dois" tem muito que se lhe diga! Mas a culpa foi do filme!



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Benditas apps


Ontem foi dia de me apresentar na capital para enculturar-me nestas coisas que deixam os blogs mais bonitinhos, para bem deste blog!

Sim, podem pensar o que é que isto tem a ver com A moçambicana mas tem tudo! Porque isto de me ausentar a mais do que 50km da minha pipoca tem muito que se lhe diga e o objetivo é mesmo deixar este blog mais bonitinho, coisa que também merece! E ele não tem culpa da minha pessoa ser, peço desculpa TER SIDO, desentendida nestas coisas. 

Os créditos do workshop são da Filipa Simões Freitas da Lance Collective, uma pessoa super cool e com um trabalho 5* (e uma constelação ;)). Os créditos das fotos que se seguem são mesmo meus. 
Absorvi tudo, aprendi muito e vim cheia (salvo seja) de vontade de começar  a usar as novas ferramentas de trabalho mas a minha pessoa promete cumprir o mandamento do workshop, " Não  abusar, não  abusar, não abusar". 


 E para quem achava que não  tinha qualquer olho clínico  para estas coisas das fotografias bonitinhas, até acho que não me saí assim tão mal. Pelo menos eu estou  bastante orgulhosa de mim. :) Vejo isso pela quantidade de vezes que já fui cuscar as fotos à galeria do telemóvel. 



Não sei é se o marido vai achar muita piada ao meu new best friend e tomador do meu tempo livre num futuro próximo, o "VASCO" (piada interna de workshop e com direitos da Filipa).:)
 Benditas apps. ;)

FUI A CASA E VIM

Ontem fui a casa e vim!

Num almoço convívio que se realizou ontem em Aveiro, em comemoração do Dia dos Heróis Moçambicanos, assinalado no passado dia 3, reviveu-se velhos tempos. Revivi os meus tempos em Moçambique e os tempos de Moçambique com a homenagem feita ao grande Herói Moçambicano, Eduardo Mondlane, figura incontornável da História Moçambicana.

Arrastei os sogros, o marido e a pequena para eles saberem o que é bom! Apesar de fazermos parte dos poucos Mulungos na festa, saímos de lá com a alma cheia e o coração quente. Pelo menos eu SIM! Vesti a miúda a preceito porque a ocasião merecia e porque A moçambicana merecia tal destaque igualmente.




Quem conhece sabe que para os Moçambicanos não há festa sem música e dança. Depressa se fez uma roda e aqueles corpos dançaram e remexeram-se como bons africanos que lhes corre a dança e o gingar no sangue. Limitei-me a dançar com a alma e a sentir saudades de casa!




Quem ri por último ri melhor!

Ontem foi dia de arrumações na garagem de casa dos avós...

E porque quando se arruma alguma coisa acaba-se sempre a abrir caixas e a remexer no que supostamente já está arrumado, eis que por momentos parou o tempo e consegui ver-me na cozinha de casa dos meus avós em silêncio absoluto porque o silêncio era rei à hora das refeições. O silêncio de dois "enfants terribles" porque o som do Xirico, esse sim reinava na cozinha à hora das refeições.
Na altura confesso que não achava muita piada mas ao olhar para aqueles dois coitados ontem senti saudades...até de não podermos falar às refeições porque tínhamos que ouvir as notícias.

Paz à alma deste dois Xiricos que não me calam mais.
Quem ri por último ri melhor! :)